terça-feira, 30 de setembro de 2008

A ignorância é uma arma

Terça-feira, 21h45. Estava voltando de uma palestra chata da faculdade e, para não ser assaltado, cometo a heresia de ir para a casa de ônibus. Sei que existem dois pontos perto da minha casa. Um ficava antes de uma via rápida chata de atravessar e a outra eu não sabia a localização exata e tentei descobrir, inutilmente, com o cobrador.

- Opa, esse ônibus passa na José de Alencar, né?
- É, passa.
- Em que altura mais ou menos?
- Ah, lá na José de Alencar.

Respirei fundo ando não demonstrar minha vontade de acertar um tabefe na cara dele. Eu não tinha feito nenhuma pergunta difícil. Era só me responder onde ficava a porra do próximo ponto!

- Tá, mas em que altura?
- Ah, vai até o fim, até a Augusto Stresser.

Eu sei até onde vai a maldita rua, mas não foi isso que perguntei. Será que ele não era mesmo capaz de responder sobre um caminho que ele faz inúmeras vezes todos os dias?

- Isso eu sei, mas depois desse ponto aqui vem a José de Alencar. Em qua altura esse ponto fica? Entre que ruas?
- A José de Alencar fica ali, logo naquela curva ali, ó!
- Ok, eu desço nesse ponto mesmo.

Acabei vencido pela ignorância.

3 comentários:

Felipe "Kyo" disse...

Que onibus era, o Interbairros I? Se fosse, eu recomendaria descer no ponto em frente ao mercado municipal ou no da rodoviária, se bem que o primeiro é mais prático pra você.

Unknown disse...

eu recomendo o depois do mercado municipal. Na José de Alencar. É logo depois do viaduto, Durvis.

Unknown disse...

Pelo menos ele foi educado, não é como o cobrador do ônibus que eu pego todas as manhãs e que todas as manhãs reclama na hora de dar o troco. Uma única vez entendi o que ele resmungou, e era algo do tipo "o que você faz com troco?". Na cabeça dele eu deveria pagar a minha passagem em 19 moedas de 10 centavos.

Mas sobre o cobrador do seu texto, será que ele não faz jornalismo na puc? Se bobear deve até fazer parte do cacom.