Inflação dos infernos

Sei que estou em falta com esse blog e que sempre juro que voltarei a postar diariamente e nunca cumpro com o que digo, mas a vida de universitário não é fácil e ultimamente não tenho encontrado tempo nem mesmo para limpar minha casa, que mais parece um cenário de Rambo IV do que um apartamento de gente normal. Também não falei nada do que achei da faculdade, mas juro que tentarei achar tempo para postar algo contando como foram esses dois meses de vida jornalística. Nem que seja durante alguma aula.
E por falar em jornalismo, esse é um post jornalístico. Ou não.

Se alguém te falar que a inflação no país está controlada ou que ela é quase insignificante, por favor, dê um chute na boca do infeliz que disser isso porque ele está completamente enganado.
Hoje decidi me entregar aos (péssimos) hábitos capitalista de ir ao McDonald's e entupir um pouco das minhas artérias com aquela carne de minhoca e, roboticamente como qualquer cidadão classe média, pedi um número 1. Caso você não saiba o que é um número 1, peço que volte para a sua bolha e pare de ler esse post.
Retomando o assunto. Quando fui pagar o lanche, eis a minha surpresa: o lazarento estava custando R$ 11,00!!! Quase que eu soltei um sonoro "PUTAQUEPARIU, MEU!", mas consegui me conter e paguei, apesar de contrariado e foi ali, comendo aquela gororoba, que eu comecei a pensar em economia.
Lembro de quando eu me mudei para Curitiba e o maldito BigMac custava R$ 9,25. Ok, não era barato, mas ainda era aceitável, afinal custava menos de 10 reais e dava a sensação de que não era tão caro assim. Logo em seguida o maldito passou pra R$ 9,75. Um aumento de R$ 0,50. Era triste, mas ainda assim custava menos de uma arara! Em questão de poucos meses foi pra R$ 9,90 e depois pra R$ 10,25. Quando chegou nesse preço já comecei a fazer cara feia, afinal já tinha passado o limite dos dez reais! Mas ainda assim você podia achar uma moeda de 25 centavos revirando sua carteira direitinho ou pedindo pra algum amigo seu. Depois foi pra R$ 10,75 e agora 11. Porra, aumentou R$ 1,75 em pouquíssimo tempo! É tanto que nem sei calcular de quanto foi essa inflação! Pode não parecer muito, mas é quase uma passagem de ônibus que os caras decidiram tirar do seu bolso! E você não consegue boicotar o lazarento palhaço. Eu mesmo só fui comer lá porque acabei vendo, por engano, um video no YouTube em que aparecia o tal sanduíche piscando em 791 cores diferentes na tela. Na mesma hora fiquei com vontade de comer um!
A mesma inflação absurda pode ser vista na Coca-Cola, tanto garrafa quanto em lata. Lembro de quando com 1 real você conseguia uma lata naquelas máquinas estilosas de posto de gasolina. Logo depois a lata superinflacionou e passou a custar R$ 1,50 e hoje você dificilmente encontra por menos de R$ 1,80. Há algumas semanas andei de Morretes a Antonina (cerca de 15 km) porque fui sacaneado por uma lata de Coca de R$ 2,50.
A garrafa de 2L de Coca também é outra que teve uma inflação lazarenta. Lembro quando a desgraçada custava 2 reais. Com apenas dois reais você mamava Coca até seus ossos começarem a desmachar! Hoje, dependendo do lugar, você encontra a maldita garrafa por 4 reais! O dobro! E depois vem Ministro da Fazendo e o diabo a quatro me dizer que a inflação tá controlada? Ah, vão se foder!