sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Curitiba, terra do Carnaval

Uma coisa que aprendi nesses cinco anos morando em Curitiba foi que não existe lugar melhor do que aqui para passar o Carnaval, já que a festa simplesmente não existe nestas terras.
Porém, por mais que ninguém acredite, há uma tentativa de foliar na cidade. E reza a lenda de que até escola de samba tem. E como duendes do samba que são, surgem do nada, apenas alguns poucos veem e ninguém acredita.
Após uma pesquisa na internet descobri o nome de algumas escolas, mas não convém citá-las (até porque alguma pode injuriar-se com esses escritos e não quero ser jurado de morte por mais um grupo da cidade). Mas segundo Wikerson Landim, elas não apenas existem como também não discriminam cor, classe social ou credo. A escola Jesus Bom à Beça que o diga.
Mas como não poderia deixar de ser, o grande destaque da noite não são os carros e nem as fantasias. Quem mais chama a atenção no desfile curitibano é ela, a onipresente garoa.
Acompanhada de um vento frio, ela espanta qualquer pessoa que tenha pensado em ir procurar a apresentação. É claro que ainda há aqueles corajosos que se aventuram, mas em via de regra, poucos tentam ir atrás.
Pois saiba que, se você decidiu ficar em casa vendo o desfile na Globo, não está perdendo nada além de uma gripe na quarta feira. Na avenida do samba curitibano, o que se vê é uma polaca seminua, com os peitos duros de frio, com uma pesada fantasia de penas molhadas e sambando de um jeito desengonçado que mais parece estar encarando as pessoas na arquibancada.
E para honrar as tradições do Carnaval, não podia faltar a mulata. Por mais que Curitiba não tenha tantas se comparada com outras capitais, elas estão presentes sim em “nossa” festa. E como tudo é uma questão de diferencial, nossas mulatas vêm bêbadas para a avenida e dão um show a parte com suas cambalhotas sobre a grade de proteção.
É claro que tudo isso é baseado na especulação, no famoso “o primo do irmão da conhecida da minha vizinha” que disse e no Google. E como nenhuma dessas fontes é inteiramente confiável, fica a dúvida sobre a veracidade das fotos e dos relatos. E isso faz com que o Carnaval de Curitiba seja como o Natal, a Páscoa e qualquer outro feriado cristão: acredita quem quer.

PS: As fotos foram retiradas do site Capa Verde. Para ver todas, clique aqui.
PPS: Alguns trechos dos relatos eu ouvi de alguém que jura ter lido em um texto. Procurei no Google e não achei nada, então deixo aberto o espaço para reivindicar os créditos.

Um comentário:

amanda audi disse...

ei, não me lembro se já comentei isso por aqui, mas sempre leio seus posts. ;)