sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Por um pouco de atenção

Quando eu era criança, minha mãe sempre brigava comigo quando chegava visita em casa e eu insistia em ficar perto, seja pra interagir ou pra brincar autista no meu canto. Eu tinha o dever de entender que não era bem-vindo ali, caso contrário tomava um belo tapa na orelha para que aprendesse. Graças a essa bela educação que recebi, hoje sou uma pessoa anti-social que só fala o necessário e quando preciso. Além disso, também faço de tudo para ser invisível, ou seja, que ninguém perceba minha presença.
Por outro lado, há aqueles indivíduos que por alguma razão não conseguem ficar quietos por um instante sequer. São pessoas que sofrem de uma puta necessidade de atenção e sempre precisam falar alguma coisa, por mais imbecil e desnecessária que ela seja. Além disso, elas também fazem questão de serem perceptíveis, vestindo-se de maneira escandalosa, usando algum acessório chamativo ou fazendo algo no próprio corpo para que sejam o centro das atenções. Conheço várias pessoas assim e, sinceramente, preferia não conhecer.
O problema das pessoas com esse déficit de atenção é que elas não se tocam de que seus comentários ou atitudes são inconvenientes. Na escola, por exemplo, elas sempre irão interromper as aulas para fazer comentários inúteis ou piadinhas idiotas. E é aí que bate aquela vergonha alheia e você se sente envergonhado por estar no mesmo lugar que uma pessoa assim. E por mais que as outras pessoas olhem torto e sequer esbocem rir do que foi dito, ele não se sentirá intimidado e continuará com sua metralhadora de besteiras, pois como diz um amigo meu, "o silêncio é utopia".
Se eu quase não falo porque minha mãe me batia quando eu cogitava em fazer isso quando criança, imagino que essas pessoas não sabem ficar quietas porque apanharam pouco quando criança. Talvez porque tiveram pais ausentes e por isso faziam qualquer coisa para chamar a atenção e acabaram, infelizmente, crescendo com isso.
O pior de tudo é que não há nada o que se possa fazer para evitar conviver com uma pessoa assim. Não importa o quanto você a odeie, ela continuará sendo chata. Criticar também não adianta. A única coisa que pode ajudar é a boa e velha anti-socialidade.

3 comentários:

Unknown disse...

pior que conhecemos muita gente assim.
ai, teu irmão é a pessoa mais engraçada do brasil.

Unknown disse...

o que eu mais gosto no novo layout é o mário.

Felipe "Kyo" disse...

Meu, atualiza isso aqui. E dá uma passada no meu blog http://ochrasy.wordpress.com/2008/09/25/discos-conceituais-e-operas-rock-parte-2/ [+ cara de pau]